Mercado imobiliário terá código internacional de ética

Mercado imobiliário terá código internacional de ética

A Coalizão Internacional de Padrões Éticos (IESC) abriu uma consulta sobre princípios éticos que deverão nortear o trabalho dos profissionais e das empresas dos setores de incorporação imobiliária, construção e infraestrutura nos principais mercados globais. O documento será o primeiro código de ética internacional para o setor. A iniciativa tem o objetivo de estabelecer parâmetros comuns de qualidade e comprometimento aos diferentes negócios ao redor do mundo para afastar possíveis inconsistências que possam confundir e frustrar investidores ou demais participantes do mercado.

O trabalho está sendo produzido por um grupo de líderes independentes da indústria e especialistas em ética internacional e compliance, nomeado por curadores da IESC. A curadoria conta com representantes imobiliários do Brasil, Rússia, China, França, EUA, Alemanha, Japão, Malásia, Canadá e Reino Unido.

Entre os representantes nacionais na curadoria do IESC estão a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Sindicato da Habitação de São Paulon (Secovi-SP) e as filiais da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci) e do instituto de qualificação profissional em construção e propriedades (Royal Institution of Chartered Surveyors, RICs, na sigla em inglês).

O documento que servirá de base para a formulação do código internacional de ética é composto por dez tópicos, que estão transcritos abaixo. Para verificar o documento original (em inglês) e enviar sugestões, acesse o site: ies-coalition.org/consultation. A consulta permanecerá disponível até 30 de abril.

Veja a seguir as referências para o código de ética do setor:

  1. Confidencialidade: Os profissionais não devem divulgar informações confidenciais ou proprietárias sem a permissão prévia, a menos que essa divulgação seja exigida por leis ou regulamentos aplicáveis.
  2. Divulgação: Os profissionais devem fazer todas as divulgações apropriadas antes e durante a execução de um serviço. Se, após a divulgação, um conflito não puder ser eliminados ou reduzidos, o praticante deve retirar-se do projeto ou obter o consentimento por escrito das partes envolvidas para continuar.
  3. Responsabilidade Fiduciária: Os profissionais devem ser honestos, transparentes e de confiança em todas as suas transações financeiras.
  4. Alto Padrão de Serviço: Os profissionais devem apenas prestar serviços pelos quais são competentes e qualificados, e assegurar que qualquer empregado ou associado ajudando com a prestação dos serviços tem a competência necessária para realizá-los.
  5. Integridade: Os profissionais devem agir com honestidade e justiça em todas as suas relações, e não devem enganar ou tentar enganar. Sua consultoria deve ser baseada em provas válidas.
  6. Respeito: Os profissionais devem fornecer serviços que honram clientes, terceiros e partes interessadas no contexto das regras aplicáveis ​​de direito e importâncias sociais e ambientais.
  7. Responsabilidade: Os profissionais têm a obrigação de cuidado para com seus clientes e por consideração aos direitos e interesses de terceiros e partes interessadas.
  8. Transparência: Os profissionais não devem desinformar a respeito dos produtos ou termos de serviço a ser prestado e devem apresentar documentação relevantes ou outro material em linguagem simples e inteligível.
  9. Confiança: Os profissionais devem ser confiáveis em suas comunicações profissionais e reconhecerem que sua conduta profissional pesa sobre a manutenção da confiança pública nas profissões imobiliárias.
  10. Verificação: Os profissionais devem avaliar continuamente os serviços que prestam a fim de garantir sua consistência com o espírito e a evolução dos princípios éticos e normas de boas práticas.
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Crédito 2 Notícias Caixa anuncia elevação de juros de imóveis financiados com recursos da poupança

A Caixa Econômica Federal anunciou que a partir da próxima quinta-feira (24) vai aumentar a sua taxa de juros de financiamento de imóveis residenciais, comerciais e de uso mistos feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O último reajuste da tabela de juros ocorreu há cinco meses, em outubro do ano passado.

Segundo os dados divulgados pelo banco, nos contratos feitos pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa balcão – destinada a clientes sem relacionamento com o banco – deve subir de 9,9% para 11,22% ao ano. Para quem já possui conta-corrente na Caixa, os juros subirão de 9,8% para 11% ao ano. Ambos os valores estão relacionados a juros efetivos, ou seja, com os encargos já embutidos.

Para aqueles que recebem salários pela instituição e para os servidores (cujas parcelas dos financiamentos podem ser descontadas em folha de pagamento), os juros passarão de 9,5% para 10,5%.

Em relação às operações enquadradas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a taxa balcão subirá de 11,5% para 12,5% ao ano, para imóveis residenciais. Àqueles que já possuem conta-corrente, as taxas aumentarão de 11,2% para 12%, e para os que recebem salários pela instituição e para os servidores, ela irá de 11% para 11,5%.

Para imóveis comerciais e mistos enquadrados no SFI, a taxa balcão deve aumentar de 14% para 15%; para aqueles que já possuem conta-corrente, deve crescer de 13,5% para 14,5%, e para os que recebem salários pela instituição, devem aumentar de 13% para 14%.

Segundo a Caixa, as taxas de juros dos financiamentos habitacionais com recursos do Minha Casa Minha Vida e do Fundo de Garantia do Tempo e Serviço (FGTS) não sofrerão alterações.

A nova correção acontece dez dias após o banco anunciar a elevação do limite de financiamento de 50% para 70% do valor do bem, na mesma linha de crédito, também a partir do dia 24 de março.

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Caixa Econômica Federal anuncia medidas para reaquecer demanda por crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou nesta terça-feira (8) a ampliação da oferta de crédito imobiliário para novas contratações, o aumento da fatia financiável de unidades usadas e a reabertura das operações de financiamento do segundo imóvel. Segundo a presidente do banco, Miriam Belchior, as medidas servem para reaquecer a demanda por crédito imobiliário no País.

No que diz respeito à elevação da oferta de crédito imobiliário para novos empréstimos, os recursos virão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): dos R$ 22,5 bilhões liberados em fevereiro pelo Conselho Curador do FGTS, 72% (R$ 16,1 bilhões) serão destinados à CEF. O banco ainda aplicará cerca de R$ 7 bilhões na linha pró-cotista, que permite a trabalhadores com conta ativa no fundo financiarem 85% do valor de imóveis novos e usados em áreas urbanas de até R$ 750 mil pelo prazo máximo de 30 anos, a taxas de juros entre 7,85% e 8,85% ao ano. Haverá, ainda, uma linha de R$ 2,4 bilhões com taxas especiais para construtoras de todos os portes, dinheiro este para financiamento da produção de imóveis de até R$ 500 mil.

O aumento da fatia financiável de imóveis usados foi para até 80% de seu valor – 70% para trabalhadores da iniciativa privada e 80% para servidores públicos – e deve destravar o mercado atual imobiliário para os segmentos das classes média e alta, em que o imóvel atual é utilizado como entrada na compra de um novo.

A CEF também vai reabrir as operações de financiamento do segundo imóvel com as mesmas condições (taxas de juros e prazos) oferecidas para quem está comprando o primeiro. “Desta forma, o cliente poderá ter dois imóveis financiados ou ter uma folga de tempo para vender o seu primeiro imóvel”, afirmou Miriam Belchior, presidente da CEF.

Segundo Belchior, a expectativa é elevar o volume das contratações em 13% no ano de 2016, o que equivale a 64 mil unidades habitacionais a mais – 29,7 mil financiadas com recursos do FGTS e 34,3 mil pela poupança.

Para o Sindicato de Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), a notícia da ampliação da oferta de crédito imobiliário divulgada pela Caixa Econômica Federal foi positiva. “Para nós fica uma mensagem muito importante e boa de que não faltarão recursos para financiamento nem para imóveis usados nem para os novos durante o ano de 2016”, afirmou o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci. “Eu não acredito que a Caixa anunciaria uma melhora no financiamento de imóvel usado se ela percebesse que iria faltar dinheiro esse ano”, completou o economista.

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